Como Aplicar Zero Trust na Power Platform

Por Fernando Viana e Sá
Como Aplicar Zero Trust na Power Platform

No artigo anterior, exploramos o conceito de Zero Trust e como ele se encaixa no ecossistema da Power Platform. Agora, é hora de ir além da teoria e mostrar na prática como proteger seus aplicativos, fluxos e dados com base nesse modelo de segurança.

Se você utiliza Power Apps, Power Automate, Power BI ou Power Pages, este guia vai te ajudar a implementar políticas e controles reais dentro da Power Platform e do Microsoft 365, seguindo os pilares do Zero Trust.

1. Autenticação Forte com Condicional Access

O primeiro passo do Zero Trust é não confiar em nenhum acesso, mesmo que o usuário esteja dentro da rede. Para isso, implemente:

  • MFA obrigatório (Autenticação Multifator)
  • Políticas de acesso condicional via Azure AD
    • Exemplo: bloquear acessos a Power Apps fora do país
    • Exigir autenticação forte para acessar dados sensíveis no Dataverse

Acesse o Azure AD > Acesso Condicional e crie regras que controlem o acesso a recursos da Power Platform com base em localização, grupo, dispositivo e risco.

2. Uso de Conectores Premium com Restrições

A Power Platform oferece diversos conectores, mas alguns podem representar riscos (como HTTP, SQL Server, ou SharePoint externo). Crie políticas DLP (Data Loss Prevention) para:

  • Bloquear conectores de risco
  • Restringir o uso de conectores sensíveis apenas para grupos específicos
  • Segmentar ambientes com políticas distintas

No Power Platform Admin Center, vá em Políticas de DLP e crie uma separando conectores como SQL e HTTP em “bloqueados” ou “restritos”.

3. Ambientes por Finalidade com Permissões Separadas

Evite desenvolver, testar e publicar no mesmo ambiente. Uma boa prática de Zero Trust é segmentar ambientes por finalidade:

  • Desenvolvimento: acesso aberto a makers
  • Homologação: acesso limitado para testes
  • Produção: acesso restrito, sem permissão de edição

Automatize a movimentação de apps entre ambientes com Pipelines no Power Platform.

4. Monitoramento com Microsoft Purview e Defender for Cloud Apps

Zero Trust exige visibilidade contínua. Utilize:

  • Microsoft Purview para rastrear acesso e movimentação de dados sensíveis
  • Defender for Cloud Apps para monitorar atividades anômalas em apps da Power Platform
  • Log Analytics para capturar logs de auditoria

Isso permite alertas em tempo real para acessos suspeitos, uso indevido de conectores ou criação de apps fora do padrão.

5. Controle de Compartilhamento e Permissões em Power Apps

Mesmo um app interno pode se tornar uma brecha de segurança. Por isso:

  • Revise permissões de compartilhamento regularmente
  • Evite apps compartilhados com “Todos da organização”
  • Use grupos de segurança em vez de usuários individuais
  • Bloqueie o compartilhamento externo por padrão

Use o PowerShell Admin para auditar quem tem acesso a cada app e revogar permissões em massa quando necessário.

6. Classificação e Rotulagem de Dados com Microsoft Information Protection

Aplique rótulos de confidencialidade (MIP) em documentos, arquivos e dados usados na Power Platform. Isso ajuda a:

  • Proteger dados mesmo fora da plataforma
  • Impedir compartilhamento indevido
  • Integrar políticas de proteção em todo o Microsoft 365

Aplicar rótulo “Confidencial” a arquivos manipulados por um fluxo no Power Automate.

Conclusão

Implementar Zero Trust na Power Platform não é apenas uma tendência — é uma necessidade para organizações que valorizam governança, segurança e conformidade. As ferramentas estão ao seu alcance dentro do ecossistema Microsoft. O segredo está em planejar, segmentar e monitorar continuamente.

Se precisar de apoio para implantar essas práticas na sua organização, fale com a Trinapse. Somos especialistas em segurança e governança na Power Platform.

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